Minha Habilitação
Olá, amores,
Estou devendo um post super importante pra vocês: o de como foi nosso processo de habilitação!! Prometi quando fiz a apresentação do Blog e compartilho agora! 😄A
habilitação é o primeiro passo da adoção. E contar minha experiência pode
servir de apoio a quem ainda vai viver esse momento.
A primeira informação que já destaco é que os pretendentes só podem
dar entrada no pedido para se habilitar para adoção no Fórum de sua comarca, na cidade em que mora. Muita gente pensa
em dar entrada no processo em outra cidade próxima, por ser maior, e imaginar
que o processo correrá mais rápido... Mas não funciona assim. O setor onde o
processo tramita é o da Vara de Infância
e Juventude. Em grandes cidades/capitais, que apresentam mais de uma Vara, o
seu processo será conduzido pela Vara mais próxima da sua residência. Caso em
sua cidade não tenha Vara de Infância e Juventude, o fórum dirá que Vara ficará
responsável por conduzir seu processo de adoção: se vara de família, vara crime
etc. Creiam: há muitas cidades que não possuem Vara de Infância, infelizmente.
Isso é ruim, pois a vara especializada é que deveria conduzir o processo.
Demos entrada no nosso processo
de habilitação em julho de 2017, aqui na minha cidade, Feira de Santana, Ba (já
contei no post “link quem sou eu” como chegamos à decisão
pela adoção, confere lá!). A tramitação do processo – do dia que demos entrada
até a sentença nos habilitando e solicitando a inclusão de nosso nome no CNA
(Cadastro Nacional de Adoção) durou 7 meses.
Após algumas reuniões com nosso
advogado, tiramos dúvidas e juntamos documentação solicitada (confira no link
passo a passo da adoção os documentos). Nosso advogado é um um anjo em nossa
vida, acompanhou todo o processo, desde que pensamos pela primeira vez em
adoção até a decisão. Ele é meu ex aluno e tenho o maior orgulho por ele ter se
tornado um excelente profissional da área de Direito! Assim que a juíza recebeu
a petição, mandou para vistas ao Ministério Público, que deu ciência e
solicitou um estudo Psicossocial. Ela, então, determinou que peritos da Vara –
uma psicóloga e uma assistente social - fizessem esse estudo. Uns meses depois
recebemos a ligação das duas, marcando os encontros.
Sobre a entrevista com a psicóloga:
muita gente morre de medo desse momento, mas foi bemmm tranquila! Rsrs
Ocorreu num consultório (em algumas a psicóloga vai até a casa do pretendente,
assim como faz a assistente social) e foi dividida dois momentos: primeiro, um
momento comigo e com Carlos juntos. Ela fez perguntas que já imaginávamos, tais
como: há quanto tempo estávamos casados, quando surgiu a ideia pela adoção, quais
as motivações. Perguntou também sobre o perfil desejado (idade, sexo da
criança). Falamos tudo, fomos sinceros nas respostas e ela captou bem o nosso
desejo. Penso que nesse momento o importante é a profissional saber que você
quer adotar porque quer ser pai e mãe - e não por caridade, nem pra preencher
vazio. Depois dessa parte, ainda juntos, respondemos um questionário de marcar
cujas perguntas sondavam nossa personalidade, a partir de situações do
cotidiano, ou seja, escolhíamos alternativas que representavam nossa reação em
determinadas situações. Num segunda momento, fomos separados rsrs Foi muito
engraçado. A parte de Carlos foi responder outro questionário e-nor-meeee, em
outra sala rsr Ele disse que se sentiu como na época do vestibular kkk Cem
questões de marcar hahahaha Já a minha foi maravilhosa: ela me deu um jogo,
umas peças com cartõezinhos lindos, coloridos para eu montar o que quisesse!
Eu, faladeira que sou, montava e comentava rsrs Ela ria e observava com atenção
(super educada e gentil a psicóloga). Ao final ela me pediu para comentar as
escolhas, as cores, os formatos, se tinham significados. Depois chamou Carlos,
conversamos mais um pouco, ela disse que analisaria os testes e mandaria o
parecer para a Juíza. Explicou que se houvesse alguma necessidade de
complementar alguma informação nos chamaria de novo (chega gelei nessa hora
kkk). Mas não chamou. Depois, quando vi o relatório que ela fez sobre nós (você
pode acompanhar seu processo pelo site desde que tenha uma senha fornecida no
fórum), adorei!! Ela falou mais de Carlos rsrs Mas o que disse de mim, amei!
Sobre a
entrevista com a assistente social: uma semana depois do encontro com a
psicóloga, recebemos em casa a assistente social, que ligou antes marcando o
dia e turno (não disse o horário exato). Muito educada também, ela fez
perguntas parecidas: como nos conhecemos, quanto tempo de casados, a ideia pela
adoção, se tínhamos família (pai, mãe, irmãos vivos) etc. Perguntou quantos cômodos
tinha na casa (atendemos ela na sala, mas ela não pediu para ver os
cômodos...de onde sentou dava para ver uma parte da casa, o ambiente estava
organizado rs). Perguntou também sobre a
renda (somos funcionários públicos), mas informou que isso não era critério de
eliminação, era só “pra constar”. Contou alguns casos de adoção na cidade,
destacou a importância de seguir o caminho legal etc. No final, já estávamos
mais do que à vontade kkkk No relatório, que ficou pronto um mês depois, ela
falou coisas bem legais e interessantes! Ela destacou muito meu entrosamento
com Carlos, a percepção dela sobre nossa certeza pela decisão enfim! Saiu na
despedida meio que dizendo: ah, vocês serão pai e mãe, com fé em Deus (otimista
que nem eu, já gostei desse final kkkk). Quem vai adotar sozinho, mãe ou pai
solteira, não se preocupe por ela ter ressaltado o entrosamento do
casal...adotar sozinho não é um impedimento, mas se é um casal, eles precisam
perceber se os dois desejam ou se o desejo é apenas de um.
É isso! Espero ter ajudado a quem está se habilitando e ainda vai receber visitas de psicólogo e assistente social. 😉
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